31 agosto 2009
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26 agosto 2009
A OUTRA FACE DO PT
Com a queda da ditadura militar na década de 60, o crescimento industrial tomou novos rumos. É neste momento que as grandes massas iniciam um processo de reformulação ideológica. A nova geração operária iniciou sua mobilização nas greves do ABC Paulista por volta dos anos 80. O PT surgia com ideologias de massa, o que preocupava as ideologias burguesas.
O PT passa a ser encabeçado por Lula, como se fosse um tipo de “novo sindicalismo”, este movimento era fruto do descontentamento do sindicalismo presente e que defendia á época mais interesses patronais do que propriamente da massa. Movimentos de setores da igreja e intelectuais “esquerdistas” também contribuíram para uma ideologia contrária a tudo aquilo que era ligado á burguesia, propriamente vista como “direita”.
Uma pequena burguesia intelectualizada, em especial adeptas as idéias do comunismo e da social democracia de esquerda, também exerceram forte influência. No inicio da trajetória do PT as correntes Trotskistas tiveram marco inicial em sua ideologia, para esta corrente o “socialismo” seria o divisor de águas entre a burguesia e a massa, formando-se á “hegemonia social”.
Com as eleições de 1989, o PT ganhava nova forma e também mudava o seu discurso, passando-se a incorporar em seu estilo o modelo “neoliberal”. Este novo modelo mais “suave” e com certa proximidade da burguesia, fez com que o PSTU surgisse em meio a esta crise de mudança. O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) combatia com fervor o modelo neoliberal e resgatava para si o modelo esquerdista esquecido pelo PT.
Enquanto isto o PT caminhava rumo a terceira via. Um caminho alternativo entre o Comunismo e o Capitalismo, o “Centro” era o lugar. Com o poder em mãos o PT começou a perder adeptos e se distanciou cada vez mais de seus “originais ideiais”, como o caso da senadora Heloísa Helena que após sair do PT, encabeçou o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
O PT vem mudando sua face, como se fosse uma “metamorfose”. E não é à toa de que a cada dia um integrante do PT diz “adeus ao partido”. O PT esta perdendo suas origens e também seus filiados. Na campanha rumo á presidência do Senado, o senador Tião Viana (PT-AC) lançou sua própria candidatura, o qual não teve apoio do próprio presidente Lula, líder percussor do PT. È estranho, mas o próprio presidente não apoiou a candidatura de um “companheiro” seu, preferindo apoiar a invasão estrondosa do PMDB no Congresso Nacional.
O PMDB invadiu os dois setores com Michel Temer (PMDB-SP) na presidência da Câmara de Deputados e José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado. O PMDB engoliu o Congresso Nacional. O episódio mais recente foi a “racha partidária”, apesar de que em seu discurso, Lula tenta amenizar os fatos ao dizer de que o PT não perdeu suas forças.
Dizem ás mas línguas, que todo este sufoco que Lula esta passando é devido o seu apoio á ministra Dilma Roussef rumo á sua sucessão presidencial e que busca como base aliada o PMDB. A pergunta que não se cala é: Será que Dilma compensará todo este sacrifício?? Até a Senadora Marina Lima (ex petista), e aliás pré candidata á presidência pelo PV, encontrou o seu refúgio. Marina tem uma história de vida que agrada toda a massa e deixa a burguesia um tanto preocupada. Marina militou por 30 anos no PT e jura ter deixado o partido sem “magoas”. Será verdade? Talvez o PV tenha valorizado mais a Senadora Marina, antiga “companheira” de Lula.
Os encontros da Ministra Dilma com a ex secretária da Receita Federal, ainda esta obscuro, é tanto disque me disque, o dito pelo não dito. Nós estamos aqui a esperar. Só não podemos dormir por tanta espera. A vergonhosa decisão do PT em apoiar o arquivamento das denúncias do Senador Sarney, vem gerando desconforto entre seus “companheiros”. Acho que o presidente Lula limitou seus conceitos, talvez a palavra não seria mais adequada como “companheiro” e sim como “filiado obediente” ao se referir aos seus associados de partido.
É bom esclarecer de que os petistas que votaram a favor do arquivamento das denúncias contra Sarney são: João Pedro (PT-AM), Delcídio Amaral (PT- MS) e Ideli Salvatti ( PT-SC). Claro que não poderia deixar de citar que a senadora de Mato Grosso, atual vice –presidente do Senado, também aprovou as lambanças de Sarney, estou falando da Senadora Serys (PT-MT). Sim, é ela mesmo, mato grosso merecia respeito e maior representatividade.
Flávio Arns (PT-PR) já anunciou sua saída, e o líder da bancada Aloízio Mercadante (PT-SP) vive dando chiliques. Ora diz sair, ora se aquieta, ora ameaça e chama a atenção, vive em cima do murro. O Senador Suplicy (PT-SP) mostrou um cartão vermelho em sua fala na tribuna do Senado, referindo-se á saída de Sarney, ou seja, deve tirar o time de campo, sair da presidência.
A ultima recente revolução é a articulação de uma Ação por Descumprimento de Preceito Constitucional (ADPC), junto ao STF no sentido de questionar o arquivamento das denúncias. Este movimento é encabeçado pelo Senador José Nery (PSOL-PA), onde alega de que o Conselho de Ética do Senado deveria apenas investigar as denúncias, e não ter proferido votos em ações.
Sendo assim, o abacaxi está nas mãos do STF e o futuro de Sarney também. Será que a Deusa da Justiça, Temis, continuará com as fendas nos olhos??? Dizem que a fenda dela representa sua imparcialidade, bom, este é o entendimento real. Ou será que sua fenda a impedirá de enxergar o desvio de conduta de Sarney??? Eu prefiro ainda acreditar na justiça, pode ser que eu me decepcione também!!!!
Wellen Candido Lopes, advogada, palestrante e doutoranda em direito pela UMSA- província de Buenos Aires.
25 agosto 2009
E a festa continua!
O show da fé e suas implicações
Diogo MoysesDe São Paulo
O frio do final de semana que passou me fez ficar boa parte do tempo em casa vendo tevê. Pulando de um canal ao outro, dei de cara com a dupla Estevam e Sônia Hernandes, que retornou ao Brasil após mais de dois anos de prisão nos EUA. Também topei, claro, com quase uma dezena de bispos, padres, pastores ou outros líderes religiosos que, por ignorância, não sei dizer bem o que são.
Lembrei-me, ou fui lembrado, da necessidade de discutir a presença cada vez maior das religiões na televisão brasileira.
O fenômeno não é novo, e nem privilégio nativo. Na maioria dos países isso acontece prioritariamente nos serviços por assinatura, a cabo ou por satélite. Quando ocorre na tevê aberta, como nos países da América Latina, em geral se resume a alguns horários ou poucas emissoras.
No Brasil, contudo, o fenômeno é endêmico. Igrejas, aos montes, são elas mesmas concessionárias de radiodifusão ou alugam períodos inteiros da programação de outras emissoras (o que é ilegal, diga-se, mas sobre isso falaremos em outra oportunidade). Mesmo emissoras públicas, como a TV Brasil e a TV Cultura de São Paulo, ainda possuem em sua grade de programação a transmissão de eventos religiosos.
O leitor sabe exatamente do que estamos falando e por isso não é necessário listar ou apontar casos concretos. Os exemplos são fartos e visíveis.
Cada um tem lá suas crenças. Também tenho as minhas. Mas isso não elimina a necessidade de perguntar, sem sectarismos ou fanatismos, se as religiões devem mesmo ocupar a televisão aberta. Caso a resposta seja positiva, devemos questionar se sua presença deve ser indiscriminada, como ocorre atualmente, ou baseada em certas regras ou determinações legais.
A defesa da programação religiosa possui um argumento não desprezível: o fato da religião ser também uma manifestação cultural e, como tal, merecer ampla divulgação, ou pelo menos não poder sofrer restrição.
Contra a programação de cunho religioso, no entanto, parecem estar os dois argumentos mais relevantes.
O primeiro é o fato da religião ser uma manifestação essencialmente privada, o que faz com que os telespectadores tenham o direito a que este tipo de conteúdo não invada a sua casa. Se entramos em templos ou igrejas por iniciativa própria, não parece correto que estes entrem em nossas casas sem a nossa autorização.
O segundo está ligado ao fato do Estado brasileiro ser laico, ou seja, não religioso. As concessões de televisão são públicas, outorgadas pelo Estado, o que faz com que estas não possam ser utilizadas para esse tipo de proselitismo, inclusive para evitar que se configure o favorecimento a esta ou aquela crença. O argumento é bastante forte, praticamente incontestável do ponto de vista jurídico e regulatório.
Mas o fato é que nada disso é observado no Brasil, como se a presença maciça das religiões fosse algo natural.
Vale lembrar, também, que a presença das igrejas é não só indiscriminada, mas também desigual. Algumas religiões, com ampla maioria para os evangélicos e católicos, ocupam as telas graças ao seu poder político (que faz com que consigam obter do Estado as concessões) ou em função de seu poder econômico (que permite a compra de horário em outros canais). Não à toa, religiões de matrizes africanas estão fora das telas.
Há que se considerar, evidentemente, que a própria programação religiosa é diversificada, com cultos e missas, conselhos por encomenda, sessões de descarrego e, inclusive, programas de debates.
O respeito à diversidade religiosa, contudo, não pode encobrir o fato de algumas igrejas ocuparem a televisão somente para ganhar dinheiro seduzindo telespectadores.
De qualquer forma, o problema é certamente complexo. Mas como enfrentá-lo?
Proibir as religiões na televisão aberta, como fazem alguns países? Ou construir regras capazes de garantir equilíbrio em sua ocupação?
A resposta não é simples e exige reflexão. Alguns caminhos parecem possíveis, como a adoção de critérios de classificação indicativa, onde certos conteúdos (como determinados cultos não muito leves, se é que vocês me entendem) não poderiam ser transmitidos nos horários em que os pais normalmente encontram-se fora de casa.
Outra possibilidade, complementar, seria reservar um canal exclusivo para as religiões, com alguns critérios de representatividade, para que sua ocupação aconteça de forma justa e não em função do poder político ou econômico das igrejas.
Por fim, parece importante restringir de forma radical determinados conteúdos, como os cultos que discriminam outras crenças e os que expõem as pessoas sem seu conhecimento.
Se o debate é complexo, uma coisa é certa: ficar do jeito que está, não dá.
Diogo Moyses é jornalista e radialista especializado em regulação e políticas de comunicação, pesquisador do Idec - Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor e autor de A convergência tecnológica das telecomunicações e o direito do consumidor.
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Em particular eu acho um saco isso tudo...
Cada um com sua belissima fé, religiosidade, seu deus, enfim, cada um com o seu cada um...
Mas realmente longe vai o tempo em que eu podia ficar acordado a noite, com a nitida certeza de que iria ver finalmente um programa descente, um filme bom... Hoje eu sou o brigado a ver programas de shop tv ou os malditosa religiosos na televisão, prefiro os shop tv! Mas o que me incomoda mesmo é esta maldita massificação religiosa, é quase que um pódium olimpico a ser alcançado (será que é por isso que só se ouve falar de atualmente as pequenas igrejas e grandes negócios estarem em constante crescimento?), isso é algo ridicúlo, querer montar uma cultura goela abaixo ( se bem que... que porra de cultura existe no Brasil? as de bundas rebolantes em fevereiro? as do corno que monta parceira? as dos cabelos amarelos e um grupinho de pagode? aff!). em particular eu vejo isso como reflexo da pura hinabilidade cultural e intelectual do povo, dos governantes e a grande sacada comercial das televisoes! De resto so nao se defende quem é trouxa mesmo, pois basta desligar a telivisão e pegar um bom livro!
Ileniel Nunes
21 agosto 2009
LULA NOSSO H1N1
Olá amigos... tem fatos na vida da gente que nos abrem os olhos para os fatos que estão no nosso dia a dia mas não vemos com os olhos que devíamos olhar.
E quando vemos, e sentimos na pele, temos a necessidade de contar para que outros não passem, ou pelo menos estejam avisados de que a realidade é mesmo real.
Ontem passei um dos piores dias da minha vida.
Após uma consulta com um infectologista, minha filha foi diagnosticada como mais um dos infectados pela Gripe Tipo A (a já famosa Gripe Suína). Isso era 18:00.
Como comunicado, e receitado, pelo médico infectologista, ela deveria começar a tomar a medicação específica – o Tamiflu. Remédio este que foi retirado de circulação pelo Ministério da Saúde, para evitar a compra excessiva e auto-medicação pela população brasileira – vamos constatar que a ressalva é válida, mas a atitude radical demais para um governo incapaz, arrogante, desqualificado e despreparado para arcar com as responsabilidades de suas decisões.
Continuando o relato, começamos uma “via-sacra” para conseguir a medicação. Confesso que o desespero de saber que nenhum dos hospitais de Cuiabá tem a medicação me fez ligar desesperadamente para todos os que conhecia e tinha o números em mãos – sorte daqueles que estavam na agenda do celular que me furtaram, pois só por isso não liguei. Quem é pai ou mãe sabe do que falo quando uso a palavra “desespero”. Infelizmente todos estamos de mãos atadas, uma vez que somente a Vigilância Sanitária aprova ou, com muita freqüência desautoriza a disponibilização da medicação – mais até do que devería, afinal medicação para uma pessoa doente é a linha entre manter-se vivo ou não.
Outro fato que me deixou perplexado, a aprovação é feita via telefone. Exatamente, em dois dos hospitais onde passamos uma plantonista (isso mesmo... mesmo com tantos casos é um plantonista que atende quando não estamos mais em horário comercial... bom.. até onde sei os vírus, as bactérias, as doenças epidêmicas ou não não batem cartão nem respeitam “horário comercial”) desaprovou a liberação da medicação para minha filha.
Se fosse narrar aqui todos os fato, talvez alguns não acreditassem na história, mas acreditem.. é verídica... Quero só deixar aqui meu protesto contra uma rede pública incapaz de assumir as responsabilidades por seus atos, e que não poderia deixar isso em silêncio... E se depender de mim não vai ficar mesmo... Graças a Deus conseguimos o remédio, com muita briga, muita discussão. E se não fosse o apoio do médico que receitou, e por incrível que pareça, foi duramente questionado e teve que comprar nossa briga junto à plantonista da Vigilância Sanitária, para que o remédio fosse disponibilizado.
Agora pergunto, com muito medo da resposta, quantas crianças não morreram porque os pais não puderam correr atrás, por terem sido considerados “não parecer tão grave o caso para autorizar a liberação” (caracas... como algo pode parecer grave via telefone?) e não conseguiram a medicação RETIRADA DE VENDA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE????
Senhores, Senhoras... peçam a Deus que vocês e seus filhos não precisem passar pela humilhação de implorar por uma medicação que deveria ser disponibilizada para os pacientes que apresentam os sintomas da nova gripe.
07 agosto 2009
“Lei antifumo dissemina a doença do autoritarismo”
A lei antifumo a ser implementada no Estado de São Paulo combate um vício terrível, mas dissemina uma doença ainda mais grave, a do autoritarismo. E precisa ser combatida. Assim como a lei seca, já desmoralizada pelos seus excessos, a campanha segregacionista contra os fumantes serve para tornar nossa sociedade mais conservadora, careta e depressiva.
A diferença é que a guerra contra o tabaco terá fiscais mais eficientes que o poder público (e suas blitz tão espetaculares quanto efêmeras). O não-fumante poderá agora exercer sua notória intolerância sob o respaldo de normas higienistas que desconsideram conquistas seculares da democracia e seu direito das minorias.
A questão é muito simples. O cigarro é uma substância legal e seu usuário não pode ser submetido a constrangimento ou tratamento discriminatório, não pode ser jogado numa calçada, ao relento, exposto a uma condição humilhante. Nenhuma regra pode exterminar o direito do convívio social a qualquer que seja o grupo, a origem ou a preferência.
Não se vê mais viciados que se atrevam a acender cigarros em hospitais, filas de banco, supermercados ou elevadores lotados. Nesse ponto, houve uma ação civilizatória, justa e irreversível, que retirou os fumantes dos devidos lugares. Afinal, são ambientes públicos em que não se escolhe estar. Nesses locais poderia ser permitido até que dependentes químicos de nicotina fossem açoitados ou empalados. Ninguém reclamaria.
Só que essa lógica não se aplica a um bar, um restaurante, uma casa noturna. Vamos a esses lugares, e os escolhemos entre milhares de opções, à procura de diversão, convívio, relaxamento. Muitos restaurantes e pizzarias optaram por proibir o uso de cigarros em suas dependências e se deram muito bem. Mas por que um empresário não pode pagar seus impostos e abrir um pub ou uma choperia em que o fumo seja tolerado? Entra quem quer. Um não-fumante simplesmente não é obrigado a entrar em uma boate em que o cigarro seja aceito. Ele que freqüente outro cabaré.
As estatísticas mais alarmistas dizem que apenas 25% da população é fumante. Por que essa maioria arrebatadora de 75% até hoje não conseguiu expulsar o fumo e a bebida de ambientes festivos e de descontração? Porque Baco é um deus mais conhecido que Apolo, embora menos poderoso. Mesmo as pessoas completamente saudáveis gostam de freqüentar ambientes criados por aqueles que cantam, dançam, brindam e aspiram à raça humana. Evoé.
Mas, na falta de um inimigo comum, já que comunistas e fascistas encontram-se soterrados pela história, nada melhor que oferecer em holocausto os rebeldes subversivos que insistem em dar baforadas alegres e suicidas. Depois que forem extirpados, que venham os obesos, os poetas e os devassos.
Em particular...
Por mais que hoje eu seja “absorto” do hábito de fumar, é cada um com o seu cada um, já que vivemos em uma sociedade democrática e civilizada, e de livre “conduta” por que então esta balela? O cidadão quer fumar? Ok! Mas e o não fumante? Uai amigo, antigamente não eram inteligentes o suficiente para criar espaço para brancos e negros? Gays e não gays? Obesos e não obesos? Filas para gestantes idosos e pessoas “normais”? Espaços para aidéticos e não aidéticos em hospitais? Por que então não se cria ambientes para as mesmas pseudo-socializações só que para fumantes e não fumantes? Já pensou? Duas boates, café-cancun fumantes /café-cancun não fumantes e por ai vai...
Aqui se planta aqui se colhe!
06 agosto 2009
Um dia desisto de falar, e vou cuidar de minha vida!
Nem tudo é excentricidade na vida de um individuo...
Assim como nem tudo é alvo centrado...
Às vezes sou tomado por assalto quando me deparo com situações que são verdadeiramente absurdas, uma delas é o preconceito.
O pré conceito estabelecido é algo mordaz, eu mesmo sou obrigado a todo instante ficar revendo as merdas dos meus conceitos em relação a quase tudo (e o maldito já cantava que preferiria ser a metamorfose ambulante a ter a velha e podre opinião formada sobre tudo)... Mas vamos lá, existem varias formas de se ter preconceito, elas podem ser: religiosas, políticas, culturais, sexuais, raciais ou simplesmente ser porque é leigo, o mais duro não quando a pessoa é leiga, mas quando ela detém informações que não permitem em hipótese alguma que esta a pessoa com sua postura erétil em opiniões concisas, porém arcaicas, resumindo um maldito preconceituoso. Eu acredito em particular que vivemos uma sociedade decrépita regida por conceitos filosóficos feudais, conceitos religiosos malfadados a plena ignorância do ser que as segue, sistemas políticos que nunca visaram o povo e nunca visarão por que o povo adora ser entretido a pão e circo, cada maldito povo possui o governante que merece... Perdi-me no texto? Não! Maldito desgracento não me perdi em porra nenhuma, apenas estou tentando mostrar um dos vários pontos de origem do maldito PRECONCEITO, esta ordinária situação que gera uma violência extrema e estúpida, pessoas morrem todos os malditos dias, por quê? Alguém acredita que homossexualismo é coisa do satanás (mal sabe ele que o satanás quer comer o maldito rabo dele também), as pessoas não sabem respeitar as diferenças eu não tenho deus ou deuses e detesto estas balelas, mas se o meu vizinho da esquerda acredita em Alá e se sente bem, ótimo, o da direita acredita em Javé? Parabéns também, pessoas são execradas por tomarem posturas que não de censo comum às demais opiniões, as divergências existem, sempre existiram, é isso que torna o ser em si especial interessante, é isso que torna a vida interessante as divergências a serem conhecidas CONTESTADAS e aprender a CONHECER E RESPEITAR cada um... Eu não estou levantando, não pretendo levantar, e nunca levantarei merda de bandeira alguma, quero que os malditos que ficam levantando bandeiras se fodam, pois se levanta bandeiras e precisa sair gritando por ai com se fosse algo magistral, é porque não possui argumentos de porra nenhuma... Não confundam manifestos idealistas de quinta categoria com Revoluções que visam à verdadeira mudança social, o problema é, quando houve revolução de verdade aqui no Brasil?... Disseram-me há pouco que a revolução vem do povo, quase apaguei o texto (se o fizesse vocês estariam lendo algo mais útil creio eu)... Eu não pretendo ver ou fazer revoluções, apenas entender por que as pessoas se matam por besteiras, o ser humano é o único animal que mata o seu semelhante sem motivo aparente, e ainda temos o despautério de chamar os outros animais de irracionais... Uma das 48 leis do poder: se existe uma perda de tempo maior que todas as perdas de tempos possivelmente existentes, é querer mudar os outros...
A única certeza de tudo isso que coloquei, embananei, sacaniei escrevendo é a de que eu tenho certeza dos meus atos, e procuro querer mudar a minha pessoa antes de querer argumentar com alguém sobre algo que eu considere errado.
Ileniel Nunes